Um caminho para a liberdade

Ainda em clima de dia internacional da mulher,  trago para vocês no #tbtliterario de hoje um livro sobre mulheres fortes e inesquecíveis.

Foi difícil rabiscar algumas palavras sobre essa obra. Eu comecei a leitura com a expectativa em torno da biblioteca intinerante, e na história de mulheres que enfrentam desafios por amor aos livros para levar educação aos excluídos e isolados nas montanhas do Kentucky, mas na verdade, isso acabou se tornando um pano de fundo.

A amizade que nasceu entre essas mulheres, a história de vida (marcas pessoais) de cada bibliotecária, a sororidade, a maneira como elas eram amparo umas para as outras e para toda aquela localidade. Foi isso que me tocou profundamente e de uma forma que as palavras fugiram do papel.

Quando eu vejo mulheres competindo entre si eu penso o quanto deveríamos nos lembrar com mais frequência do quanto podemos fazer a diferença quando nos unimos. Quando, sim é da nossa conta se uma mulher é injustiçada, violentada, excluída ou desamparada e esse livro me lembrou que, enquanto mulher e mãe de meninas que se tornarão mulheres em breve, tenho responsabilidades em batalhar por um mundo mais livre.

Mas ao mesmo tempo, diante da jornada dessas mulheres incríveis, em um período histórico tão mais complicado, em que havia tanta exclusão feminina, segregação racial, recursos limitados e elas fizeram tanto umas pelas outras e por toda aquela população que me senti fazendo tão pouco por isso.

Testemunhar através das palavras da Jojo a força dessas mulheres, em especial de Margery (tudo pra mim) , me fez lembrar que quando temos ideais por quais lutar nada poderá nos amedrontar, nem mesmo o preconceito ou a injustiça, muito menos o ódio desarrazoado de algumas pessoas.

Esse livro me fez desejar ter mulheres como Alice, Beth, Izzy, Kathleen e Sophia em momentos de agonia e dor e mais que isso, me fez desejar ser essa mulher também que acolhe e apoia outras mulheres e que é conforto e não julgamento e que as incentiva a descobrirem o poder que mora em cada uma de nós.

"Nós mulheres, enfrentamos desafios surpreendentes quando escolhemos sair do que são considerados os nossos limites habituais."

Então, nos demos às mãos.