"Calma, ainda não é tempo"

Tenho lido bastante sobre o tempo (um eco da minha releitura proustiana). Já busquei respostas na mitologia, na filosofia, na física, na literatura, no ca*r@lho a quatro (desculpem o palavrão) para perguntas como: Afinal, o que é o tempo? Para que ele serve ? Quantos mais tipos de tempos existem além dos que já conhecemos como, por exemplo, o tempo físico, cronológico, linguístico, psicológico?

Fico me questionando sobre esse assunto para me sentir menos ignorante quando vejo pessoas dizendo que "ainda não é tempo para isso ou para aquilo". Ainda não é tempo de falar para a pessoa amada que você ama. Ainda não é tempo para dizer o que você sente quando você sente. Ou já passou o tempo para realizar esse ou aquele projeto de seu interesse. Sempre cedo demais ou tarde demais, mas nunca o "tempo certo".

Que tempo é esse que as pessoas tanto falam que foge da minha compreensão?

Se tem algo que aprendi com essas leituras é que uma coisa de que sempre iremos carecer é de tempo. Se tempo é algo que não temos suficientemente,  essa história de "tempo ideal" para qualquer coisa é uma falácia.

Não existe "tempo ideal", "tempo certo" para se formar, para casar, para ser mãe, para dizer "eu te amo", para expressar suas emoções,  para viver suas vontades, para se sentir, quem sabe, um pouco mais realmente vivo.

Só temos esse tempo (seja lá o que isso for) e ainda assim,  ele sucumbe a cada instante.

Desta forma, sou obrigada a concordar com Wittgenstein:

"Se entendermos a eternidade não como uma duração temporal infinita, mas como a ausência da contagem de tempo, então aquele que vive no presente vive eternamente."