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A rosa mais vermelha desabrocha (Liv Strömquist)

Confesso que não sou uma leitora de HQs assídua, mas de vez em quando alguma me chama a atenção e resolvo me aventurar.


No caso dessa da quadrinista sueca Liv Strömquist foi o tema do amor.



O amor é um dos meus principais interesses de estudo. Por falar nisso, preciso trazer resenha para o blog de dois livros que li a esse respeito recentemente: Do amor de Stendall e O amor de André Comte - Sponville.


Mas vamos à história.


A tese que a autora pretende provar é essa:


"De acordo com sociólogos e filósofos, o sentimento de apaixonar-se está ficando cada vez mais raro hoje em dia."


Como pano de fundo, ela traz a história de Leonardo de Caprio que figurava nas manchetes de jornais e revistas "pulando" de relação em relação. Nunca se envolvia verdadeiramente com ninguém e por isso, não se sentia capaz de sentir nada realmente forte e significativo. Uma namorada hoje, outra amanhã, pouco importando com quem de fato estava ao seu lado.


Essa incapacidade de conexão e a necessidade de fugir da dor colocando imediatamente no lugar uma nova pessoa é , segundo a autora, fruto do narcisismo extremo que tomou conta da nossa contemporaneidade.


Ela recorre ao filosófo coreano Byung - Chul Han que diz que o narcisismo extremo do capitalismo tardio transformou profundamente a sociedade. Até a libido é baseada no eu.


As pessoas nada mais são do que uma projeção de mim mesmo. São objetos que servem apenas para firmar meu próprio ego.


Ora, uma sociedade narcísica, consumista, não consegue enxergar o outro como "outro". Logo, as pessoas não podem ser amadas (apenas consumidas como produto que são) porque a maneira como enxergamos o outro é condicionante para o amor.


Ela elencará 5 motivos (ou teorias) , embasadas nos mais diversos pensadores , para mostrar o porquê das pessoas se apaixonarem tão raramente hoje em dia.


Então, segundo a autora, o primeiro motivo para essa impossibilidade de se apaixonar nos dias atuais é o DESAPARECIMENTO DO OUTRO.


Para demonstrar essa afirmação ela recorre a uma primeira teoria: a da ATOPIA DE SÓCRATES.


Em O Banquete que já tem resenha aqui no blog, Alcibíades , que chega à casa de Agatão no final da festa, é convidado a também fazer o seu discurso sobre o amor. Alcibíades resolve que faria um elogio à Sócrates.


É durante esse discurso de Alcibíades que surgirá o conceito da atopia de Sócrates.


Alcibíades o considera como alguém que não pode ser comparado, alguém único, sem semelhança com nenhum outro humano "nem com os de antigamente, nem com os de hoje".


Logo, de acordo Roland Barthes em seu "Fragmentos do discurso amororo" , o ser amando é reconhecido pelo sujeito apaixonado como atopos, alguém incomparável, "a imagem singular que veio milagrosamente responder à especialidade do meu desejo".



É alguém que corresponde a minha verdade e por isso não pode ser estereotipado , já que o estereótipo é a verdade dos outros.


É alguém, dirá Barthes, de quem não se pode falar nada dele, nem sobre ele, não cabe na linguagem e portanto, não cabe no discurso.


É também alguém de uma originalidade imprevista e diante da originalidade do outro, eu tento "ser tão original quanto ele". Isso significa que o verdadeiro lugar da originalidade não está no outro nem em mim, mas na relação que temos um com o outro.


Logo, o que se deseja é a originalidade da reação. A relação é que deve ser atopos.


Se para o amor acontecer é preciso enxergar o outro em sua alteridade, vê-lo como atopos, o que é impossível em uma época narcisista movida a comparações e onde as pessoas são facilmente substituíveis, é ainda mais improvável que se enxergue a relação como atopos (única e inclassificável capaz de corresponder a minha verdade ) como sugere Barthes.


Então, é fácil entender porque o Leonardo de Caprio passa de modelo à modelo sem sentir nada.


O segundo motivo para essa incapacidade de apaixonamento (pelo menos de uma forma menos volátil como temos visto) é O AVANÇO DA ESCOLHA RACIONAL.


Para comprovar essa teoria, a autora irá se basear no pensamento de Eva Illouz, uma professora de Sociologia na Universidade Hebraica de Jerusalém e na Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais em Paris.


Eva diz que uma das maneiras que temos de exercer nosso poder de escolha é por meio da intuição. Escolhas intuitivas não podem ser explicadas racionalmente.


Mas a socióloga explica que a escolha intuitiva vem cedendo espaço cada vez maior a escolha racional e na escolha racional há o efeito que já mencionamos da comparação, da ponderação e da incapacidade de decidir (sobre isso veremos mais à frente).


Hoje em dia com as redes sociais isso se torna bastante visível.


Antigamente, a escolha do parceiro amororo era restrito ao âmbito de convivência (estudar, trabalhar, morar proximo) . Hoje em dia com o avanço tecnológico podemos nos relacionar com diversas pessoas em qualquer parte do mundo, o que nos leva a IDEALIZAR que há sempre uma opção melhor que aquela com quem estamos nos relacionando no momento.


Isso, de acordo com a autora, tem a ver com alguns fatores :


1. A cientificação da sociedade. Tudo tem que ser explicado, entendido. Tudo tem que ter uma razão.


2. A crescente moda psicologizante do autoconhecimento, o que também pode levar a um excesso de racionalização.


3. A nossa predileção por especialistas. Hoje em dia nos tornamos cada vez mais incapazes de agir através do nosso "feeeling". Nos tornamos "dependentes" de que um outro , externo a nós, nos diga o que fazer. Nossa intuição perde assim completamente o seu valor, não confiamos mais na nossa própria percepção, e portanto, não podemos decidir, escolher , através dela.


O problema, segundo a socióloga, é que a decisão racional cria vínculos frágeis.


Lembrei de uma frase acho que é do Drummond que diz assim :


" Se você sabe dizer porque ama, não ama."

Os vínculos emocionais não precisam de um motivo específico para acontecer, mas é isso que a escolha racional nos faz enxergar.


O apaixonamento por meio da racionalidade é como "dar check" em uma lista de supermercados. Isso não gera conexão nem trocas afetivas verdadeiras.


É por isso a crescente sensação de frustração que percebemos na sociedade hoje.


O amor, segundo a autora, virou uma espécie de mercadoria nessa sociedade consumista e superficial e quando a outra pessoa "não entrega " aquilo que foi solicitado, nos sentimos como consumidores insatisfeitos.


"Portanto, o próprio MÉTODO de escolha racional impede o surgimento da emoção de amor. Já que atrapalha a avaliação intuitiva, além de criar uma abordagem parecida com a de um consumidor no mercado."

Kant dizia que "ter sentimentos é algo que os outros não nos podem obrigar." Logo, não há amor pelo simples desejo de sentir amor. Sentir não é uma decisão da razão.


Se escolhemos nossos parceiros amorosos pela razão (pela listinha do supermercado) , olhando apenas para o que nos beneficia, o amor já está ausente e por isso o método de escolha racional, tão utilizado nos dias de hoje, é falho em nos sentirmos emocionalmente envolvidos com alguém e gerarmos vínculos profundos e transformadores.


A terceira razão é a nova maneira de exercer o STATUS MASCULINO.


A autora convoca novamente a socióloga Eva Illouz para explicar a mudança ocorrida na maneira de manter o status masculino entre o século XIX e o nosso.


Antigamente, a masculinidade era manifestada no ambiente de trabalho (onde só havia homens), em casa (onde o homem era o único provedor e também detentor de poder e autoridade) e nos ambientes sociais (geralmente clubes de cavalheiros frequentados apenas por homens).


Com a emancipação feminina, esses ambientes sofreram profundas alterações e a as maneiras tradicionais de mostrar o status masculino não surtiam mais efeito.


A socióloga explica que para recuperar esse prestígio masculino perdido, a maneira de exercer o status masculino foi transferido para o âmbito a sexualidade. O âmbito sexual passou a ser o "espaço " dos homens exercerem a sua autoridade e autonomia.


Essa maneira de exercer o status masculino gerou um distanciamento, uma dificuldade maior de sentir e expressar emoções e de se comprometer.


A autora cita Thomas Mann (romance Os Buddenbrook) para exemplificar essa diferença no modo de exercer a masculinidade do homem oitocentista e atualmente.


O homem oiticentista tinha uma facilidade maior de tomar decisões e confiar nelas, fazer promessas permanentes e possuir sentimentos fortes, além de manifestá-los. Atualmente, a masculinidade moderna se manifesta na não demonstração afetiva.


Ela também vai citar o rompimento do noivado entre o filósofo Kierkegaard e Regine para demonstrar que essa atitude de "quebrar" compromissos estabelecidos (tão comum hoje em dia) era visto como algo anormal.


Já com as mulheres ocorreu um fenômeno oposto. Antigamente as mulheres não tinham muito espaço de expressão e suas emoções e desejos eram mais reservados. Atualmente, as mulheres são mais emocionalmente expressivas e , de acordo com a socióloga Eva Illouz, além de manifestar mais abertamente seus desejos, assumiram o papel de ter e querer filhos.


O que no século XIX simbolizava uma questão de status e poder (ter vários herdeiros ) , hoje em dia a masculinidade bem sucedida não está mais baseada em constituir uma família numerosa.


A masculinidade "bem sucedida" atualmente está mais ligada ao sucesso financeiro e ao comportamento sexual serial ("pegar geral" , para ser mais explícita).


O distanciamento emocional passou a ser a nova forma de dominação masculina e esse comportamento é tido como de alto valor. Já o comportamento das mulheres, que se tornaram mais expressivas emocionalmente e a ter e querer filhos, passou a ser de baixo valor.


Nesse jogo, restou as mulheres (para serem vistas como atraentes) imitar o comportamento masculino de distanciamento e busca de autonomia.


A regra , então, que se tornou padrão nos relacionamentos atuais passou a ser distanciamento emocional e sexualidade serial.



O pensamento da socióloga Eva Illouz é que as mulheres passaram adotar esse comportamento imitando os homens em resposta ao poder adquirido por eles graças à esse tipo de sexualidade.


"A maneira mais acertada de tratar alguém que seja pouco acessível é ser ainda menos acessível."

Hoje em dia, quem demonstra acessibilidade emocional é tido como "emocionado" e isso é tratado como um problema, é pouco atraente e algo que deve ser evitado, sendo que sem isso (acessibilidade, vulnerabilidade, comprometimento, etc) fica difícil vivenciar um relacionamento significativo e muitos ainda continuarão (com base nessa cultura) a usar bóia pra mergulhar no raso.


Vamos para o próximo ponto.


O quarto motivo é o DESENCANTAMENTO DO MUNDO .


Aqui entra em cena uma poetisa americana cujo poema de sua autoria deu nome a esse livro, A Rosa mais vermelha desabrocha.


Trata -se da poetisa Hilda Doolittle que aos 74 anos, internada em um sanatório, se apaixona perdidamente por um jornalista que havia ido entrevistá-la.


A autora vai contar esse e diversos outros casos amorosos da poetisa que, segundo ela, tinha o dom de se apaixonar, mas se deterá maior parte do tempo no romance vivido por Hilda e uma moça chamada Bryher.


Esse romance com Bryher será o estopim para que Hilda vá fazer análise com, ninguém menos que Sigmund Freud, e o qual a poetisa narrou em um livro, "Por amor a Freud, memórias de minha análise com Sigmund Freud " que sai aqui no Brasil pela Editora Zahar.


Em uma viagem com a namorada, Hilda conhece um homem por quem se apaixona. Esse encontro é usado como pano de fundo para falar sobre a experiência mística e até sobrenatural de se apaixonar.


Era assim que o amor era visto, como algo inexplicável, mágico, além da compreensão humana.


Mas essa visão mudou. A modernidade passou ver o mundo de forma científica e racional (como já vimos anteriormente) .


A essa cientificação , essa busca por explicações, o sociólogo Max Weber chamou de "desencantamento do mundo."


E claro que o amor também deixou de ser entendido ao modo de Hilda Doolittle, como uma força misteriosa, mas como algo que pode ser explicado por um especialista.


Lembram da nossa "quedinha " por especialistas? Pois é!


Os especialistas, por sua vez, irão explicar o amor como um fenômeno biológico, químico, fisiológico, etc, ou seja, da forma mais racional possível, o que reduz drasticamente o seu significado e a nossa experiência amorosa também fica comprometida já que não conseguimos sentir o amor como algo único, inefável e irracional e, portanto, desprovido de significado especial .


Logo, sendo o amor resultado da biologia evolutiva direcionado a um objeto, esse objeto por sua vez, é perfeitamente substituível, o que também nos leva ao primeiro ponto dessa resenha, a nossa incapacidade de ver uma pessoa como atopos.


E também impede de enxergarmos o amor como uma força transcendente.


É esse excesso de racionalização e cientificação que causa esse "desencantamento" do mundo e do amor.


O quinto e último motivo para a redução da nossa capacidade de sentir e expressar amor é o que a autora chama de INAPTIDÃO PARA A MORTE.


Para explicar esse tópico, a autora convoca inicialmente o filósofo e psicanalista Erich Fromm.


Erick irá falar sobre a nossa inaptidão para o amor e isso deriva do nosso desejo de sermos amados e não de amar. Para ele, o foco deveria ser em desenvolver a nossa capacidade de dar amar . Isso porque é a doação do amar que cria o amor.

"O amor é um poder que produz amor."

Quando não temos essa capacidade de dar amor desenvolvida, ou seja, quando somos inaptos para o amor, surge a dificuldade de enxergar o outro como atopos como vimos no primeiro tópico dessa resenha, ou seja, ver o outro como único, incomparável, insubstituível.


Segundo o psicanalista, essa nossa inaptidão para o amor também afeta outro aspecto importante : a nossa capacidade para conclusão e isso nos torna inaptos para a morte já que a morte é a conclusão absoluta.


Para explicar essa nossa inaptidão para a morte, a autora irá abordar a dialética do senhor- escravo de Hegel.


Essa teoria encontra - se na Fenomenologia do Espírito de 1807 e quer dizer o seguinte:


A dialética do Senhor e do escravo está na consciência de si. Quando duas consciências se encontram há uma luta e quem teme a morte se torna escravo. Quem se apresenta como senhor não teme a morte. A consciência de escravo, por medo da morte, prefere submeter-se ao outro por meio do trabalho.


Depois há um inversão desses papéis, mas o que a autora pretende demonstrar é que o sujeito de desempenho de hoje é como o escravo de Hegel, só que ao invés de trabalhar para um senhor, explora a si mesmo voluntariamente, se tornando escravo de si.


Byung - Chul Han irá dizer que


"Estamos hoje no estágio histórico em que senhor e escravo se tornam uma unidade."

Ele também dirá que a consciência do escravo helegiano é restrita, pois não é capaz de renunciar a consciência de si mesmo, ou seja, não consegue morrer.


Essa inaptidão para a morte afeta nossa capacidade de amar porque segundo Han, a verdadeira essência do amor está em renunciar a consciência de si mesmo. Ou como disse o filosófo francês Georges Bataille:


" Não há amor se ele não for em nós como a morte."

Quem não consegue enfrentar a morte também não é possível se entregar ao amor e continua nessa constante indefinição, já que o amor também é uma conclusão absoluta e portanto, pressupõe a entrega de si mesmo, uma espécie de morte simbólica no "si" do outro.


Decidir-se , comprometer-se é como morrer, mas quem teme a morte a vê como uma perda de tudo, assim como no amor, e como temos essa inaptidão para a morte, o amor também está deixando de se tornar possível.


O fato é que essa inaptidão para a "morte" de si no outro está ligada à visão do amor de autoempoderamento e tem tirado a mística do amor. O amor não é visto mais como algo inexplicável, mas algo em que prevalece apenas a minha vontade pessoal.


Essa supervalorização do "sujeito de desempenho " tem matado a nossa capacidade de amar (e dessa forma , também sermos amados).


Na sociedade de desempenho somos levados a crer que tudo podemos e que não existe fracasso. Se ainda não atingimos determinada meta, o que se deve fazer é se esforçar mais. Querer é poder. Nada é impossível. O céu é o limite.


Se não existe fracasso, não existe dor e angústia, e essa incapacidade de lidar com sentimentos negativos também afeta a nossa entrega ao amor, já que para amar exige um disposição à vulnerabilidade, um preço altíssimo a se pagar hoje em dia.


Eliminar a dor do amor é uma promessa da sociedade de desempenho (bem difícil de ser cumprida.)


O amor na sociedade de desempenho é como uma espécie de "criação " , de "projeto", que para ser bem sucedido e feliz necessita de autodisciplina, empenho, escolhas conscientes , tudo baseado no eu. Não existe o "outro" nessa relação e se esse "outro" não está atendendo às minhas exigências, substitui-se por outro da mesma forma que trocamos um produto com defeito.


Essas (e mais algumas teorias) são as abordadas pela autora para explicar a nossa dificuldade de nos apaixonarmos e vivermos relações significativas. Ela não faz um "juízo de valor" . O que se apresenta aqui é um resgate histórico de como caminhamos ao longo do tempo para chegarmos nessa época de capitalismo tardio , do sujeito de desempenho, onde a autonomia do eu está no centro de tudo.



Apesar de ser uma HQ (o que eu sempre associo com uma leitura leve) , é extremamente densa e de leitura lenta, mas também escrita de forma clara e bem humorada.


Gostei bastante dessa leitura, principalmente nas abordagens que nos fazem refletir do porquê que hoje em dia se mostrar vulnerável, disposto e amoroso é tão pouco atraente.


Na sociedade de desempenho atraente é ser indiferente.


Não acredito que tudo seja aceito no amor, mas essa cultura do distanciamento emocional e da busca constante por reforços narcísicos não ajudam em nada na construção de relações verdadeiramente amorosas e felizes.





























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Excelente post Naty 😃


"A nossa predileção por especialistas. Hoje em dia nos tornamos cada vez mais incapazes de agir através do nosso "feeeling". Nos tornamos "dependentes" de que um outro , externo a nós, nos diga o que fazer. Nossa intuição perde assim completamente o seu valor, não confiamos mais na nossa própria percepção, e portanto, não podemos decidir, escolher , através dela."


Fiquei refletindo como essa nossa predileção por "especialistas" impacta nossa forma de viver não somente o amor mas também as outras áreas de nossa existência.

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Verdade amiga...nos tornamos inaptos para tomar nossas próprias decisões e isso é um sintoma grave da nossa contemporaneidade. Só que ninguém saberá melhor do que você mesmo do que fazer com sua própria vida e é por isso que a frustração é outro sentimento comum atualmente. É preciso sempre fazer um trabalho de filtragem sobre o que outros tem a dizer sobre nós mesmos e sobre como devemos nos conduzir

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